segunda-feira, 28 de abril de 2008

TRABALHANDO COM P.A.

Particularmente, vejo o trabalho por Projeto de Aprendizagem, como uma alternativa valiosa e possível de se realizar de forma interdisciplinar, e trabalhar conceitos muitas vezes complexos, para a faixa etária.
São inúmeras as vantagens de se trabalhar com P.A.:
- o tema de estudo é definido a partir do interesse dos alunos;
- a pesquisa é realizada para dar uma resposta a uma curiosidade dos alunos ou a uma necessidade individual, do grupo ou social;
- o aluno interage com o conhecimento e o constrói e reconstrói, na realização das pesquisas;
- permite, ou melhor, necessita do uso das tecnologias educacionais, favorecendo assim, a inclusão digital de muitos alunos que têm acesso à informatização, somente na escola;
- os professores desempenham o papel de mediadores no processo de construção do conhecimento;
- a construção é coletiva e, portanto, há maior número de interações entre os alunos e destes com o conhecimento.
Penso que uma das dificuldades existentes na escola, para se trabalhar com P.A., é a exigência de se cumprir com a grade curricular de cada disciplina. Outra, é a insegurança por parte de alguns professores para realizar o trabalho. Nossa escola está vivendo um momento muito importante, onde todo o grupo de professores está “ousando” trabalhar com P.A..

domingo, 27 de abril de 2008

ATIVIDADE 3

Vivemos em uma época de constantes mudanças e o conhecimento chega às pessoas de forma muito mais rápida do que há tempos atrás.
Como educadores, precisamos estar em constante aperfeiçoamento e para tal, necessitamos de ferramentas que nos permitam acesso ao conhecimento, que se tornou mais amplo e rápido.
Uma das formas de acesso ao conhecimento da internet são os blogs, que se tornaram um grande instrumento de apoio a ação pedagógica.Acessando alguns dos blogs sugeridos, destaco:
No blog vivência pedagógica , “a utilização da informática como recurso pedagógico”;
No blog leitura e escrita na escola, o texto “o que podemos fazer contra o analfabetismo”.
Estas leituras contribuíram para sedimentar conceitos trabalhados durante o curso “A incorporação e a articulação das Tecnologias Educacionais por meio de Projetos de Aprendizagem”.
Um dos conceitos, é de que escola não pode continuar contribuindo para a formação do analfabeto digital!

Refletindo sobre o “Projeto Aprendendo com a Copa 98”

O Projeto aconteceu em uma escola da rede municipal de ensino de Porto Alegre no Rio Grande do Sul, localizada em uma vila com população de baixo valor aquisitivo.
No ano de 1997, a escola estava no processo de reestruturação curricular, preparando a transição para a proposta de ciclos de estudo.
Neste mesmo ano, a escola participou de uma pesquisa da ESEF/UFRGS (Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal do RS). O objetivo da pesquisa era estabelecer comparações de curvas de crescimento de idade, gênero, peso, altura e resistência física de alunos de escolas públicas de Porto Alegre (RS).
Durante a realização da pesquisa pela UFRGS, as professoras de Educação Física e de Ciências da escola, envolveram-se no trabalho, com o apoio da diretora e de toda a equipe da direção. Estava nascendo aí, um projeto que tornar-se-ia realidade no próximo ano, com a adesão de professores de outras disciplinas.
Do objetivo inicial da professora de Educação Física, que era “... demonstrar a importância das aulas de Educação Física e, mais ainda, da prática de esportes para a saúde do organismo”, abriu-se um leque de curiosidades e de conhecimentos que envolviam o tema, pois era o ano da copa. Um dos únicos momentos em que o país se veste de verde e amarelo, e a grande maioria das pessoas, sem distinção de raça, classe social ou religiosidade, se interessa por um mesmo acontecimento, o futebol.
Muitos desses alunos, sonhavam em ser jogadores como seus ídolos gaúchos Taffarel e Dunga ou como o carioca Ronaldinho/o fenômeno, dentre outros da equipe brasileira na copa 98. Ou quem sabe, ser o Zagallo, para escalar o seu time e ser mais uma vez campeão do mundo.
No decorrer do projeto, foi necessário construir instrumentos que seriam utilizados na realização do mesmo. Esta construção foi feita com o aproveitamento de sucatas por meio de um convênio da escola com o Galpão de Reciclagem de Lixo Comunitário da vila e de outros materiais disponíveis na escola. Também foi utilizado o kit de LEGO-logo e alguns instrumentos de modelo oficial adquiridos pela professora.
Surgiu a necessidade do uso da tecnologia para registrar os dados e para acesso ao conhecimento historicamente acumulado.
Foi feita a construção do banco de dados no Excel, a criação de gráficos comparando os dados da impulsão horizontal com os da força do chute, o desenho das bandeiras dos países e a projeção da perna mecânica no Paint.
Para a projeção da perna mecânica, o uso do Paint não foi satisfatório, então utilizaram um software simulador, o Interactive Physics/Kreo, onde puderam fazer várias simulações e trabalhar conceitos abstratos.
Avançando no uso da tecnologia, para responder às necessidades dos questionamentos, utilizaram a Robótica.
Em 1998, foi implantado nesta escola, o Laboratório de Informática, com 10 computadores, por meio do Projeto EducaDi/CNPq, o que possibilitou o uso da tecnologia no decorrer dos trabalhos. Foi de fundamental importância também, a parceria e a assessoria da equipe do projeto EducaDi, dando suporte e oferecendo novos softwares, adequados às necessidades do estudo.
Penso ser importante destacar o uso da hemeroteca durante a realização do projeto. Com o acesso à hemeroteca, tanto real como virtual, surgiram novas informações. Novas curiosidades e novos conceitos iam sendo construídos, assim como também, o projeto ia se encaminhando, se ampliando e tomando novos rumos.
O texto registra o envolvimento dos professores de Educação Física, Ciências, História, Geografia e Artes na realização do projeto. Refletindo sobre a leitura, observo que os conceitos trabalhados foram além destas disciplinas. Conceitos Matemáticos, de Física, de Geometria, de Ética, de Filosofia, de Sociologia, a Língua Inglesa no uso dos softwares e, permanentemente, o uso da Língua Portuguesa.
Após a leitura deste projeto, pude perceber o desenvolvimento de um trabalho riquíssimo, partindo da curiosidade dos alunos, envolvendo a construção do conhecimento através das pesquisas científicas e experimentações e o uso das tecnologias como recurso de acesso às informações e registro de dados. O projeto foi desenvolvido há exatamente 10 anos atrás.
Destaco as seguintes características de um P.A. observadas no “Projeto Aprendendo com a Copa 98:
- partiu das curiosidades e interesse dos alunos pelo tema;
- os professores foram os mediadores nas ações pedagógicas;
- professores e alunos foram aprendizes durante a realização do projeto;
- o projeto foi uma construção coletiva, que se ampliava a cada resposta e a cada nova dúvida e ou curiosidade;
- os alunos vivenciaram desafios constantes, onde buscaram e criaram novas alternativas de interação com o conhecimento e por conseqüência construção do mesmo;
- houve interdisciplinaridade (embora tenha iniciado somente com as disciplinas de Educação Física e Ciências, o trabalho ampliou-se abrangendo outras disciplinas);
- uso da tecnologia, para registrar dados, acessar informações e obter parcerias e assessoria.

FAGUNDES, Lea; SATO L. S. e MAÇADA, D. L. Aprendizes do futuro: as inovações começaram! Coleção Informática para a Mudança em Educação/Mec/Seed/Proinfo (publicado no site:http://www.proinfo.gov.br).

segunda-feira, 21 de abril de 2008

A EDUCAÇÃO QUE DESEJAMOS

MORAN,José Manuel. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. Papirus, 2007, p.167-169

sexta-feira, 28 de março de 2008

"Educai as crianças, e não será preciso punir os homens."
Pitágoras

terça-feira, 25 de março de 2008

REFLETINDO SOBRE A CAPACITAÇÃO

Entendendo que a construção do conhecimento se dá na interação com o meio físico e social, nas trocas interativas com outros sujeitos e o mundo social, penso que a realização do Curso “A incorporação e a articulação das Tecnologias Educacionais por meio de Projetos de Aprendizagem”, foi extremamente positiva.
Dentre o todo positivo, destaco:
- A proposta do curso de capacitação se efetivou para atender as necessidades da respectiva comunidade escolar;
- O fato do curso ser realizado na unidade escolar, pois é neste espaço e com este grupo de profissionais que que a proposta se efetivará;
- A oportunidade de realizar um projeto de aprendizagem e assim vivenciar a proposta de trabalho.
"(...) o diálogo é em si, criativo e recreativo. (...) o diálogo sela o ato de aprender, que nunca é individual, embora tenha uma dimensão individual”.(FREIRE, 1996: 13 e 14)

domingo, 16 de março de 2008

REFLEXÕES - APRENDIZES DO FUTURO

Trabalhar com projetos de aprendizagem significa romper com o repasse de conteúdos e favorecer a construção do conhecimento.
O P.A. surge de uma necessidade do aluno e não de uma necessidade do professor, em cumprir com um currículo pré-determinado.
Diante desta necessidade/curiosidade do aluno, o professor fará a mediação para a construção do conhecimento e por conseqüência, haverá satisfação da curiosidade e a necessidade primeira sanada.
Há muito, nos cursos de formação de professores, se estuda sobre P.A. e uso das novas tecnologias na educação. Mas, a operacionalização destas práticas não se efetiva, pois é difícil romper com “certezas construídas” e a estruturação dos atuais currículos escolares não favorece esta prática.
Apesar destas dificuldades, o trabalho com P.A. e o uso das novas tecnologias na educação vem se efetivando nas escolas, de uma forma “um tanto tímida”.
Cursos de capacitação como este, favorecem a incorporação destas práticas no cotidiano escolar.